Ser mãe!
Não vejo a hora de pegar as mãozinhas, olhar nos olhinhos, passar minha mão em seu cabelinho frágil, por meio de cachinhos ou até de um liso escorrido não herdado da mãe. Roçar meu nariz em seu narizinho, dar abraço sufocador de mãe coruja, morder o pézinho e contar histórias durantes alguns minutos, até seus olhos amáveis se fecharem. Quero beijar suas bochechas fofinhas, segurar em meus braços junto ao meu corpo como um mamãe-canguru, fazer bolinho de chuva e esquentar a mamadeira.
Não vejo a hora de te ter por perto, mocinho. Ou mocinha, não sei. Porque todo o meu mundo terá finalmente nome. Cheiro. Risada. Medos.
Quero deixar de ser a menina Ju pra se tornar a mamãe Julia. O seu exemplo. Que responsa, né?
Eu mal posso esperar pra te carregar em meu ventre, amorzinho.
Mas vou ter que esperar, afinal, ainda não encontrei teu pai, sabia? Rs.
Quero lhe dizer todas as noites que não há a menor possibilidade de você não ser feliz, porque eu nasci pra te fazer feliz.
Daquela que já te ama,
Menina Ju
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